Menina Marina

' Senhor eu nunca mais serei a mesma , pois o teu amor me libertou . ande comigo Deus até mesmo em palavras . '

segunda-feira, 23 de maio de 2011

o que presta pra mim é a afeição

Um dia prometemos que tudo não passaria daquela porta,
mas a porta não existe quando eu preciso que você esteja do lado de fora já que o meu lado de dentro implora pelo teu corpo…
Eu olho toda vez para aquela foto nossa que não existe, penso naquelas flores que você nunca me deu e nos dias de parque que nunca tivemos… e eu penso como pode você ser um cara tão idiota e eu ainda assim querer o teu beijo imbecil, querer esse teu corpo cheio de parafernalhas, roupas ridículas e cheiro de cigarro.
Eu almoço e janto com a vontade infinita de te dizer tantas coisas sabendo que você é a única pessoa que não me escuta, e que diz tudo aquilo que não está escrito em lugar nenhum ou alguém algum dia pronunciou.
Você, é a sombra da minha coberta no meu corpo carregado de medo de nunca te ter, e te de ter.
Eu quero ir embora só pra poder pedir mais uma vez pra você deixar minha vida em paz, pra você deixar meu corpo em paz, minha pele, minhas entranhas e meu sangue, que ferve como se sua droga estivesse em mim.
Na verdade eu não consigo sair de você. Não consigo sair desta submissão imensa que existe entre meus joelhos e o teu chão, bem abaixo no seu queixo, onde eu fico.
Eu percebo que não me satisfaz o pouco que você me dá, como se fosse uma criança num balanço sem ninguém pra balançar, fico feito uma alegria que não completa numa gangorra sozinha. Eu só queria que, tomar um copo de leite no café da manhã, importasse mais do que ver teus olhos banhado num ego esquisito que eu massageio por pura inocência, ver teus dedos fitando meu corpo querendo apertar minha alma enquanto eu esqueço seu sobrenome e penso por que é que eu não te dou um soco na boca? Isso é menos do que você merece!
Por ser um cara com idade pra ter uma vida decente e ainda assim gastar suas horas atrás de idéias insanas pra me por em cima da mesa feito um prato feito no seu jantar.
Eu vou parar de ter estes sonhos com você. Eu vou abrir o ralo da sua pia e te deixar rodando até sumir pra sempre da minha vista junto com a água.
Eu vou berrar seu nome com tom de mãe que está brava e com vontade de te arrancar os cabelos. Eu vou lembrar que você não vale nada e parar de te colocar nas minhas orações, dentro dos corações desenhados no papel. Eu vou cantar músicas que não me lembrem que eu quero você, quero você, quero desesperadamente você. Ainda que toda sua bagagem seja somente uma etiqueta me avisando que você é o cara anti-social que não acredita em nada.
Eu vou parar de te escrever, de falar com você. Eu vou deixar pouco a pouco de existir, até sumir este elo invisível entre os nossos dedos. Aí quem sabe, eu possa comer um chocolate com mais prazer, eu possa respirar sem segurar o choro, eu possa rir de ser uma canção sem refrão. Estarei livre do cara que sempre esteve livre de mim, ainda que ele existisse dentro de cada palavra descoberta no meu vocabulário.

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