Menina Marina

' Senhor eu nunca mais serei a mesma , pois o teu amor me libertou . ande comigo Deus até mesmo em palavras . '

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Que você siga decifrando cada uma das minhas pequenas transformações, como mágica. Que continue a ler em braile a invisibilidade das minhas aflições. Que queira me fazer feliz, não para mostar aos outros o quão feliz é quem está ao seu lado, mas que o faça pelo prazer em me ver sorrir.
Encantadoramente espontâneo.
Que continuemos a completar frases um do outro. Que consigamos desvendar intenções alheias em um só olhar, para que possamos nos proteger de qualquer forma não sincera de  aproximação. Que saibamos o quão especial somos como indivíduos e o quanto isso nos torna uma conjunção escrita em caixa alta.
Que eu saiba que um dia, dentro de um humilde embrulho, você queira me dar o mundo.
Que meu olhar percorra cada parte do teu corpo e que leve consigo a suavidade do meu toque. Que eu descubra, conheça e decore-o em sua completa peculiaridade, para que – se longe – eu possa acessar sua anatomia em meus arquivos de memória afim de minimizar a angústia da saudade.

Foram muitas as pessoas que passaram pela minha vida. Muitas também foram as que deixaram sua marca, tenha sido ela boa, ou ruim – ou ambas.
Não costumo sentir remorso ao cortar laços quando enxergo neles algum tipo de nó. Incomoda-me o fato de me sentir presa a alguém. Incomoda-me saber que faço o outro sentir-se acorrentado à mim. Relações são escolhas, são trocas voluntárias de afeições, são uma construção consensual. Mais do que tudo, são demonstrações cotidianas e espontâneas da importância que o outro exerce em quem você é e em quem pretende ser.
Quando não mais existe a genuína vontade de provocar crescimento, ou quando se é indiferente  ao motivo daquele largo sorriso, perde-se o propósito. Você caminha em círculos, tropeçando sempre naquele mesmo pedregulho. Estupidamente tenta não ver o que é que o torna tão errante.
É difícil perceber.
Desata o nó.
Ainda não sabem que a maldade intencional não exerce influência à quem é dirigida, porque nada mais é do que autobiografia barata. Graças a Deus!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Sinto e não sei o que é. Sei que minhas mãos ficam trêmulas, tentando apalpar minhas idéias. Resgato qualquer lembrança tosca, tentando juntar esse monte de peças. Não se encaixam. Tento novamente.
Meu coração dispara me pedindo mais. Olho para todos os lados e não encontro nenhuma porta. Pulo a janela. E que caminho seguirei? Confusão de pensamentos com sentimentos. Discutem, querem guerra. Estou no meio, sem ousar dizer uma palavra.
A culpa é de quem?
 Quem será o responsável por toda essa disputa? Não tenho respostas.
Só encontro agora um vazio, uma doença chamada tédio. Meus pés não caminham, não respondem aos meus comandos. Simplesmente cruzam-se.
Cãibra.


“Que seus dias sejam muitos, longos e plenos de satisfação!
Que eles sejam acompanhados de amigos, desses que afofam as nuvens pra gente e pintam de azul o céu mais cinza, que borrifam orvalho nas flores e ensaiam com os pássaros as melodias mais lindas só pra fazer a gente sorrir.
Em dias assim, que vc descubra a sabedoria de viver cada momento sem a pressa do amanhã nem o arrependimento do ontem, bastando provar o sabor da alegria de ver o tempo passar hora a hora…”
Carlos Castro

terça-feira, 11 de outubro de 2011


Vi esse vídeo e adorei a interpretação do Tiago Machado em Descobridor dos Sete Mares - Tim Maia.
A música é linda, a voz é incrível, mas o cachorrinho dormindo no peito dele… Ainnn

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam – ou talvez nunca vão saber – que são meus amigos.”
Vinicius de Moraes
“Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais.”

terça-feira, 13 de setembro de 2011



Preciso suplantar essa idéia de que tu és apenas uma pessoa distante a mim. Uma outra pessoa, a qual eu me prendi sem ao menos saber se vale a pena depositar meus sentimentos mais nobres, e que nunca vais saber que eu fiz isso. É como desperdiçar vida, mas ao mesmo tempo não. É um assunto delicado, complicado e muitas vezes triste. Por enquanto ainda és meu vício, um vício o qual eu luto para perder, ou apenas para continuar mantendo ele saudável . Tenho medo de não conseguir, muito mas muito medo. Quero fugir do mundo para não ter que ver as coisas sobre ti, para parar com essa armazenagem de endorfina, que meu organismo retém para quando te encontrar, mas precisa ser logo, senão ele irá entrar super dosagem. E eu morrerei por dentro com overdose de dor e sentimentos escondidos, e você nem saberá.
E serei uma vitima eterna do seu platonismo.
Sou humana, tenho fraquezas, e tu acertou em cheio nelas. Querendo ou não, tu levou um pedaço de mim. O pedaço bom.
O resto? É resto. Não sou uma fênix que renasce das cinzas, já disse, sou humana. Sou como uma estrela do mar, preciso de no mínimo metade de mim, pra me regenar. E tu levou mais do que a minha metade, tu me levou de espírito.
Eu me achava decente sozinha e achava que não podia ser melhor, mas contigo, eu me provei o contrário, contigo eu melhorei muito, virei uma pessoa extremamente feliz e tudo mais. Era como se tu me completasse.
Mas agora tu foi embora e me deixou normal, vazia.
Uma vez que tu atinge o ápice, é traumático voltar a medíocridade, entende?
Eu preciso de ti pra ser eu mesma, mesmo tu me causando certas inquietações.
Quero tua caveira, admito. Mas antes de tudo, te quero aqui comigo de novo.

Na Terra do Coração;


Nave, ninho, poço, mata, luz, abismo, plástico, metal, espinho, gota, pedra, lata.

Passei o dia pensando – coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só som-cor, ação – repetido, invertido – ação, cor – sem sentido – couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E, como quem gira um caleidoscópio, vi:
Meu coração é um sapa rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.
Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traças, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.
Meu coração é o mendigo mais faminto da rua mais miserável.
Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.
Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.
Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.
Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças nas janelas, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.
Meu coração é um anjo de pedra com a asa quebrada.
Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.
Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores e saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.
Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas e macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublimou um verso de Sylvia Plath: “I’m too pure for you or anyone”. Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.
Meu coração é um filme noir, projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
Meu coração é um deserto nuclear, varrido por ventos radioativos.
Meu coração é um cálice de cristal puríssimo, transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos; ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.
Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam por destruir tudo.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.
Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheio de gemidos – Ai de mim! Ai, ai de mim!
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Vega. Levam junto quem me ama, me levam junto também.
Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa de Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando para a lua, ruína, simulacro, varinha de incenso. Acesa, aceso – vasto, vivo: meu coração teu.

Caio Fernando de Abreu.

domingo, 11 de setembro de 2011

Pessoas q escutam mts elogios ao longo da vida se tornam vaidosas em excesso... Acho insuportável como tudo vira tão mecânico, até a beleza.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Constantemente Inconstante

Afirmando sempre que – vontade, dá e passa - Por toda a vida, este pouco tempo de vida, porém afirmando sempre. Ficava horas a pensar em como não pensar, em como não sentir, em como desligar, desativar, descarregar. Vontade eu tinha, mas não podia, então vinha a frase, pensamento de apoio. “dá e passa.” Não podia fazer todas as minhas vontades, não podia dar aquele passo tão perigoso e de risco. Primeiro por não depender só de mim, e segundo que passa. Ficava horas pensando que uma hora iria passar. Horas esperando a tal hora da passagem, do passa, e nada, sempre á esperar. Passa,e em algumas situações passa realmente, mas em outras, a tortura é diária. Todos os dias as mesmas coisas, os mesmos pensamentos, e a mesma vontade. Sozinha em um navio a beira do naufrágio , eu e a minha vontade, vontade essa que deveria passar e até hoje não passou. Vontade de ter, sentir, amar, e tudo mais. Vontade, apenas isso, vontade, acho também que não só vontade, mas falta de coragem também. Medo, medo de me arriscar e cair, medo de errar, á algum tempo atrás era errado, mas hoje não mais. Esperei tanto tempo ela passar, mas ela continua parada na minha frente, tentadora. Me fazendo pensar em fazer o que o meu coração quer, e o que a minha cabeça, o meu racional não. Tento manter um equilíbrio, quase impossível, me sinto em uma corda á trezentos metros de altura, com um milímetro de largura, e é quase impossível manter o equilíbrio. Em meio a pensamentos, quando me deparo com ela na minha frente, sempre tentadora, me seduz, mas não me cega e acaba sempre fazendo pensar e repensar.
Uma coisa que parece tão simples, mas que no fundo é tão complicado. Acabo por me acostumar com tal situação, com a presença dela em quase todos os meus dias, mas até hoje, até então tenho conseguido me equilibrar nessa corda bamba. Mas tá tão difícil, parece que a qualquer momento meu coração vai bater mais forte, minha perna vai ficar bamba e eu vou cair, despencar desta corda de um milímetro de largura, e fazer tudo que há anos eu tenho vontade. Vontade de me entregar, de sentir, de me atirar de cabeça sem saber o que tem embaixo, vontade de arriscar. Vontade essa que foi a unica que não passou, “ainda”. Uma hora, um dia, uma noite, uma tarde, com chuva, com sol, um dia essa vontade passa, ou não.

"This, you and me, I can’t. It’s not enough. I wish it was because I love you and don’t want to hurt you. But it’s just not enough, it isn’t. Sorry."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desaprendi. Perdi o costume de interpretar pequenas atitudes e grandes esquivas. Eu sempre tive talento pra desvendar más intenções e essa habilidade tem me feito falta. Agora, quem se aproxima leva um pedaço do que eu tenho de melhor e em troca… Um pouco mais amargo, um pouco mais cinza, um bocado mais triste.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


"Costumo ficar excessivamente impactada com decepções, mais do que eu mesma deveria me deixar afetar. Estamos sempre susceptíveis ao erro, eu sei. Tento dar a segunda chance, tento faze-lo de coração. Mas algo dentro de mim me impede de me doar outra vez, algo se enclausura, se fecha, se esconde. Morre. Ao menos pra você."

Origem.


Minha cama pareçe estar sem lençol , aquele com cheirinho de amaciante que deixa  a noite suave .. mas , me lembro de que o lençol literalmente não é o real problema , mas sim você . Percebi que em tudo procuro você até na ausencia dos detalhes, aquilo que somente sua presença ‘ilustre’ poderá preencher e cá estou eu ..procurando o maior detalhe ao meu lado aqui .. Não , você não poderia estar aqui ,não fez esta escolha! O que eu poderia fazer diante dessa escolha não feita? nada . você quis assim, Ah meu amor se você soubesse o quanto sinto falta da sua presença , minha mente chega se esvaziar pra pensar unicamente em nós .. Esperando aquela presença que você marcava em todos os lugares com aquele seu jeito jogado em termos até meio que consertado,  como aquele relógio velho  que sempre há o relojoalheiro que conserte . é ,se quer saber.. os dias não tem sido fáceis , a ausência as vezes e são várias ,chega .. caladinha de tudo mas chega . Pior que eu a percebo e sem querer ela me invade e me faz ver aquele velho roteiro de um filme que seriamos protagonistas , aquele filme que talvez você nem saiba , mas até meu inconciente filmou cenas e trancafiou em memórias pequenos detalhes, principalmente aqueles  em que você demonstrava uma sensação  que me parecia sentir o mesmo que eu ,e cá entre nós .. não confessar  tamanha intensidade seria muito egoísmo da nossa parte . É ..nada anda nos conformes depois de você passar por essa minha vida que eu julgava tão monótona e passageira , aliás só quero te dizer que nada seu passou , nem de mim nem do tempo que demora pra passar com essa sua ausência .. Me lembro então aquela sua respiração.. até seu cheiro que as vezes vem me encontrar em companhia do vento que bate , suas expressões ... Aquele maldito jeito de falar com gestos que me deixava estagnada só de ver .. e como fala. É pensando bem , talvez você esteja muito presente mesmo que ausente no físico mas em pensamentos está aqui , você mora aqui! essa casa tem sido sua você nem sequer paga o aluguel! a luz e a água então nem se fala .. e enquanto la fora não há um piu sequer até o galo prefere não cantar. Aqui neste quarto ouço meu subconciente a conversar com minhas lembranças e tentando encarar que presença as vezes também se faz ausência , mas essa minha espera também senta e acaba ficando paciente senão ela se perde de si e faz-me perder me do futuro que mesmo incerto todos os dias insiste em tentar me dizer que você mesmo.. nunca existiu! Sou eu que tenho o poder de deixar coisas como você dominar a arte que eu tenho em mim de transformar o mal em bem . E isso me prova que eu na verdade preciso é me encontrar todos os dias e me amar e só começa por ai ..

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Então minha mente começa a ser desvendada e eu me sinto insegura.

Vulnerável a quem descobre minha armadura aparentemente impecável.

Odeio me sentir assim. Como matar o meu eu?

Porque você suga minha alma e usa minhas veias como corda. Aprisiona-me.

É uma força involuntária, sem descrição, como palavras inacabadas.

Dúvidas incertas daquelas que se prendem a razão.

É medo de ser descrita, receio de ter manual. Não quero ser descoberta.

Deixe-me em paz, fragmentada!

No canto da sala, jogada no sofá. Com as luzes apagadas.

Poupe-me de suas conclusões, afinal.

Aos poucos eu me junto, logo eu sigo teus passos.

Como o vidro colado, depois de partido em pedaços

Por fim, estamos nos encontrando em todos os meios.


Carol Prestes

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Saudade é pra quem tem.

" Por mais aberta que eu queira estar, por menor que seja o controle que exerço sobre o que me é tão vulnerável. Simplesmente não acontece. "




domingo, 28 de agosto de 2011

Não ando muito urgente ultimamente. Ando no meu tempo.

Há mais perigos dentro do que fora de mim, é sempre esse mistério, o dentro de cada um. E suponho que assim sempre será. Sempre inacabada, pra sempre ter essa outra parte que me chama. Me sacode e me faz erguer a vida num chute ou então costurá-la àqueles pedaços rasgados. Dando ponto aqui pra fechá-lo mais adiante. Vou sempre descalça, pisando com leveza, olhando com cuidado. Depois de um tempo a gente descobre que a vida fica interessante mesmo quando a gente amadurece e chega perto de ser quem a gente quase é. Agora eu sossego a perna e dou um tempo pro tempo passar de mansinho. Agora eu ando aos sábados pela casa sem pressa de nada. Agora eu perco meu final de semana molhando a grama e penteando o pé de de primavera. Agora eu penso em você, depois não penso mais porque volto a pensar novamente. Agora eu espero o trabalho dar certo, porque certas coisas não dependem da gente pra acontecer, elas são mesmo assim e não adianta ter pressa. Agora eu tenho um sorriso meio abafado e um jeito de dançar que quase tropeço. Desaprendi as palavras que são só palavras. Eu fico ali parada cheia de mundo em mim, um pouco cansada, um pouco nostálgica. Agora eu levanto antes. Agora eu levanto mais cedo, seguro a fé no peito bem forte, aperto a minha mão e me levo pra onde eu quiser mas , resumindo .. quem acaba me levando é o meu pai que me formou assim , as vezes esquisita as vezes bonita , sendo assim minha personalidade e caráter vão se moldando , estabilizando e me fazendo ou refazendo, me torno a mesma de sempre. mas .. cada dia superando o ontem que nunca deixa o amanhã ser pior que o hoje ...E com vocês leitores .. Foto de uma peça de teatro chamada 'Sua Incelença' - Registrada pela Câmera e aos olhos de : Gabriel Pagano . Fotógrafo que surgiu num sei de onde na minha vida .. e preencheu ela com imagens e palavras . Meu amigo !



'Só acredito naquilo que me faz sorrir'
É bem melhor resolver os problemas com palavras sábias, mas o homem não quer assim, preferem sacar suas armas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ditaduras armadas, Crime organizado pra mim são todos iguais, Opressores mudam sua forma Mas sei que não querem legados de paz.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pain makes us make bad decisions, fear of pain is almost as big a motivator.



Já não posso usar a desculpa de ainda ser cedo, porque já não mais o é. A verdade é que o mundo está cheio de pessoas desinteressantes, com as quais eu tenho preguiça até de conversar. O que eu acho é que vocês, homens, são seres simples demais, previsíveis demais, 2D demais. E é exatamente isso: não encontro alguém dono de complexidade suficiente para aguçar meus sentidos. Meu coração tem batido como um marcapasso tum tum / tum tum / tum tum. Nada tem me tirado o fôlego, nada tem contorcido a minha espinha, nada tem me feito sentir saudades.


Saudade é lindo de se sentir, espontâneo e inofensivo. Você pode dizer pra quem quiser, ninguém some após ouvir que outro sente saudade, ‘eu te amo’ já é outra história.


E aí você que está lendo essa baboseira vai dizer que eu sou muito exigente e eu te responderia… Alguma vez eu insinuei não sê-lo? Pior ainda é ser orgulhosamente exigente. Posso dizer que não é intencional, que não foi uma opção, ao mesmo tempo que, caso fosse, minha sinceridade deixaria escapar que minha escolha não me tornaria diferente do que sou hoje.


Eu já não acredito em muita coisa.

Nem eu acredito nessa mentira de que não te amo (mais).



Complicado.


Cuidadosamente o vi recolher tudo o que pudesse fazer parte de mim, até o orgulho desmedido ganhou um cantinho para se acomodar. Acredito que poucas pessoas tenham merecido tamanha transparência, pouquíssimas estariam prontas para lidar com ela. A verdade é que muitas delas usariam eu contra mim mesma, mas não você.




Eu faria uma lista de desejos bastante sucinta, mas não sei se qualquer pessoa conseguiria captar a complexidade item por item. Eu não teria muitas coisas pra pedir, nunca precisei de quantidade pra ser feliz.

Aliás, quantidade seria até mais fácil.


Tenho um sincero apego a tudo que me arrebata e esse tudo, no caso, é tão pouco.

Talvez eu pedisse pra minha vida ser sempre uma via de duas mãos; talvez eu quisesse dormir e acordar balbuceando reciprocidade, só pra variar um pouco. Talvez eu quisesse que fôssemos bons um para o outro e não somente o outro pro um. Acho que gostaria de perder mais tempo contigo, seria bom perder a noção dele também. Queria que você quisesse saber quem eu sou além da casca, por dentro, lá no fundo. E então eu te contaria que quis ser veterinária, que o meu pai é a pessoa que mais amo no mundo e que várias vezes quis ouvir tua voz mas não liguei. E te diria que o meu peito ainda dói, mas que ele sabe amar. Queria que você não tivesse medo de me dizer quem é além do supérfluo e que parasse de fazer as coisas só porque quer me agradar. Queria te ver perdendo o controle um pouco, queria que você se perdesse um pouco mais em mim.


Queria te ver não racionalizando.


Queria vincular teu nome a um pronome possessivo.

Queria que você quisesse, porque eu finalmente deixei alguém entrar.
Havia tempo desde que eu havia deixado de poder ser eu mesma, tanto tempo sem nem vontade de sê-la.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

a bela adormecida as vezes tem insônia .. as vezes dorme demais .

Você é a que mais se sente um menos nesse mundo de nada. Quer ser algo a toa, mas sempre esta enganada. E pior que finge bem e ganha aplauso por fazer pose. Belas poses eu diria . rsrs

Suficiente pra você .




Menino tatuado. Como você me faz sentir assim? Como eu consigo contar tudo a você, coisas que eu não conto a ninguém ?  Como você faz para me ler por dentro e por fora, me vê e me Lê como se eu fosse um livro aberto , escancarado , pedindo pra ser lido .
E você ainda consegue me ver como um ótimo livro , um livro que te prende , que não te dá medo . Você ainda não fugiu . Não fugiu de mim como fizeram muitos outros ao descobrirem os segredos, vontades e inseguranças  que guardam esse livro.
Você me desconcerta , entende , vê o profundo . Como tem coragem de dizer seu gibi ambulante que sou como você ? Seus amigos me chamam de patricinha , e te perguntam , o que faz você , seu musico roqueiro  tomador de café e devorador de cigarros com está  patricinha que nunca fumou nem um cigarro de palha ?
- Ela é como eu, eu sou como ela . Mas será que ninguém vê as nossas diferenças tão similares?
Você , metido as filosofo e poeta . Eu também não te entendo . O que faz você comigo , e o que faz , eu com você ?
Sinceramente , eu não sei .Ou não sabia .  Só sei que adoro nossas conversas ate alta madrugada , adoro seus abraços , seus beijos , suas caricias.Adoro o modo como você escuta  rock o dia inteiro e quando estamos juntos , coloca pra tocar o cd do Nando reis . 
- É a nossa música . -Você me diz sorrindo ao som de Pra você guardei o amor .
  Eu podia ficar quieta , curtindo o nosso amor . Mas já não dava mais pra conter minha curiosidade . Você é lindo , com um corpo digno de um deus , e um rosto angelical mais másculo . Você é maravilhoso . E eu , sou apenas bonitinha . Você me chama de linda ate de manha quando estou com a cara amassada  , e briga comigo quando digo que estou feia , você é bem mais que fofo , bem mais que tudo .
Porque gosta de mim ?
Então você me escreveu um bilhete em um papel sujo de chocolate ,que você chamou de poesia . E nele simplesmente dizia :
Pare um pouco de fantasiar
É você menina que não quer enxergar
Pois sua mente é maior dos que julgam por fora
E seu coração também
Suas verdades já não são tão absolutas
Voce não tem certeza de nada mais
Pois fomos feitos para amar ,
Não pra entender
É o suficiente
E eu amo você . 

Eu enxergo agora , menino tatuado . E eu te amo , mesmo não sabendo o porque e nem o que é  amar 

domingo, 21 de agosto de 2011

Tá tudo tão estranho, tão monótono, tão tedioso. Falta algo, falta alguém sabe,Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe. Quando viu, babau, já não é mais .. 


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Lie



Desculpem, mas é mentira. Se alguém disse que o amor vai bater na sua porta, é mentira. Irão bater cobradores, carteiros entregadores, jornaleiros, pedintes, vendedores, panfleteiros, visitantes, andarilhos, perdidos, desocupados, catequistas. O amor não. Ele não bate na porta, quando a encontra fechada, ele pula a janela. Mas o amor é raro e esquece do começar. Ele acontece. Sem que ninguém saiba dizer quando ou definir por que, o amor apenas existe. E quem ama não precisa entender, nem vai. Amará e pronto.
Quem muito quer explicar perderá o tempo de amar. E vai gastar latim à toa, o amor fala a língua dos loucos.O amor não é procurar a metade da laranja ou a tampa da panela. Não é encontrar na carta de vinhos o que mais combina com o prato principal. É temperar junto. Amor não vem pronto, mas pode ser instantâneo, inexplicável, fatal. Amor não tem motivo, ignora os porquês e não vem quando a gente chama.Ando discordando de um montão de gente em matéria de amor. Um amigo citou Goethe “o verdadeiro amor é aquele que permanece sempre, se a ele damos tudo ou se lhe recusamos tudo”. Torci o nariz pra ele. Penso diferente, o verdadeiro amor não precisa permanecer independente de tudo. O amor é faminto, é fogueira que precisa de lenha. Pode ter muitas mortes, como nós temos, pode ir e vir centenas de vezes, pode ficar porque quer ou porque não lhe deixam partir. O amor é imprevisível, mas não é submisso. É decidido. Amor verdadeiro é o que tem jogo de cintura, que sabe ser camaleão, que muda, transforma, não implora, pede com os olhos. Lê o braile da pele. Também não concordo com Leonardo da Vinci dizendo “o amor é filho da compreensão, o amor é tanto mais veemente, quanto mais a compreensão é exata”. O amor passa longe da compreensão. O amor não nasce dela e nem de ninguém, porque nao nasce.Podemos saber o dia do primeiro beijo, o dia que começou o namoro, o dia do casamento. Nunca saberemos o dia que começou o amor, quando ele aconteceu. O amor esquece de começar. Ele acontece. Ele surge. Amor não tem marco, amor marca. Não se define porque amor é todo o resto.O meu amor não é tranquilo. Posso discordar do Cazuza? Não quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida. Amor tranquilo não é sorte, é azar. Não amo para não fazer barulho, não amo para ficar tranquila e não incomodar. Amo para incomodar e muito, mais que o normal. Amo para deixar furtarem meu sono, meu chão, minha comida, minhas palavras. Amo para justificar a intranquilidade do coração. Amo pela vontade de ser insatisfeita, pelo desejo de descobertas infinitas. Amar é conhecer alguém tão bem que sempre se possa perguntar algo. A resposta é o de menos. Amor não é resposta. Amor é aposta. É proposta.Amo quando uso da mesma dedicação para eticar a toalha da mesa e os cílios. A toalha é o lençol das conversar. Os cílios são os convites para um abraço. Pisco como abano de leque. Amar é seduzir os segundos. É dedicação e cuidado. Amar é plantar a intimidade no canto da boca, regar com beijos para que brotem em sorrisos. Rir junto é tão íntimo quanto se despir.mo quando ajeito a gola da camisa e repito os avisos de sempre. Recomendo cuidado. Amo o descuido, a porta aberta, a música esvaziando o copo de vinho. Amo quando abro os olhos como cortina. Amo quando conseguem me parar, quando roubam as palavras de dentro da minha boca. Quando suspiro. Quando fecho o olho para uma cena invadir a mente.Amo o beijo antes de acontecer. A espera na janela. Amo os nãos, as tentativas de me parar, a inteligência em respeitar os pequenos desaforos, se atirar no sofá para rir da rotina no fim do dia.Amor é surpresa. É forte e inusitado. Amor é decorar os passos do umbigo até a nuca. É jurar em falso, mandar embora, abrir a porta e esperar que volte. Amor é o que vem depois. É o que se diz sem querer.Amar é carregar nos bolsos a intranquilidade.
Amar é fazer pintura com o dedo. Contornar o rosto para lembrar, esquecer e lembrar de novo. Amar é não ficar, é ir e vir diversas vezes por caminhos diferentes. A fidelidade do amor está no destino.
O amor carrega uma etiqueta: inflamável, manuseie sem cuidado. E assim, posto que é chama... Não discordo do poetinha, que seja eterno enquanto dure.
"Enquanto minha mãe enche o carrinho no mercado e tenta me preencher enchendo também meu guarda-roupa eu permaneço vazia como sempre e acabo me resultando nada , eis a questão você pode ter tudo quando não se tem realmente o que se quer , não se tem nada !"

E eu que nasci ímpar, quero tu pra ser meu par .

Raras são as vezes em que alguém me encanta. Por mais aberta que eu queira estar, por menor que seja o controle que exerço sobre o que me é tão vulnerável. Simplesmente não acontece. Tem nas mãos infinitas possibilidades, saiba disso e seja honesto com cada uma delas. Essa é a única maneira de tudo dar certo, mesmo quando der errado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quando eu me disponho a fazer grandes coisas por alguém que não as aceita por vaidade, não sei onde where the hell enfiar as minhas fuças .

sábado, 13 de agosto de 2011

Pieces.

Podemos conversar horas a fio, andar até onde a noite acaba, podemos até nos dar as mãos. Mas haja o que houver, não me beije. Mesmo que pareça que não consegue resistir, mesmo que se torne óbvio o quanto eu também quero. Não ria, eu falo sério! Fica tudo diferente depois, tudo meio esquisito. E agora é tão bom do jeito que é, um amontoado de sensações soltas no ar. Inocentes.
Depois, se algo acontecer, eu vou entrar naquele parafuso de pensar obsessivamente em você. E a gente não quer isso, certo? Eu, ao menos, gosto de segurar as rédeas firmes entre os pulsos. Tenho essa necessidade urgente por controle, principalmente de mim mesma.quer saber ? isso aqui é a tudo uma grande mentira ..fim

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A saudade é uma filha da puta que não respeita nada, senta na sua sala e fica olhando bem na sua cara. Pensando assim: “babaca”.

 já não me chegam notícias que falem sobre você, o resto do mundo supõe que não me importo mais. E .. supõe errado .

"The secret of happiness is freedom. the secret of freedom is courage."

E aos poucos o que escrevi foi ganhando forma, um pouco de cor. Sem que eu percebesse as palavras foram significando saudade e foi ficando tudo tão… tão… você , a vida não deveria nos permitir gostar sozinho, é injusto e burro. Reciprocidade deveria ser sempre pré requisito pra qualquer faísca. Evitaria tanto caos mental. Evitaria que eu estivesse aqui pensando que coisas em mim poderiam te impressionar. Se eu realmente as tenho ou se as finjo. E se de algum dos dos jeitos você vem. Sonho. Ao menos enquanto isso, você sempre me diz sim. Porém, palavras não são suficientes para falar do amor que tenho E nunca seriam fiel, por mais que eu tentasse, ao amor que realmente eu sinto por você. O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta ! E volta mais bonito, mais maduro, volta quando tem de voltar, volta quando é pra ser. acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. é normal viu .. 




If love’s based on lies, does that mean it’s not a real feeling?

"Quando eu falar algo que você não entenda, ou o significado ou o porquê… Faz essa cara não, não é privilégio teu."


“Sempre vivi como se fosse interminável. Quero dizer que destruo tudo continuamente (…) Talvez seja o hábito de não cultivar, não guardar, não prever.
Pouco a pouco foi aumentando o peso sobre minhas costas. Escombros demais.
Dessa forma, adquiri o costume de me aproveitar de tudo e de todos. Um maldito senso pragmático da vida. Passo a vida fazendo contas. Calculando quanto entrego e quanto me dão em troca. Eu achava que era um cara bom, mas essa mania de matemática me fez ficar desolado, virei terra. Daí apareceu uma bela garota em minha vida, que focalizou em mim seus olhos e me passou uma mensagem telepática de amor. E eu acreditei.
Tinha de acreditar. Quando a gente se sente tão sozinho capta muito rapidamente uma mensagem assim e a leva com cuidado até o coração e a deposita ali e se entusiasma e acredita que já está tudo resolvido.”

Que o nosso medo seja cautela e não covardia, e que Deus nos perdoe .


Gosto como ele nunca esquece que o meu café é com açúcar, o chocolate é meio amargo e os lençóis sempre claros. Ele gosta de saber tudo sobre mim e se deleita a cada novo acerto. É simples e bonito, como tudo deveria ser.
Gosto do jeito como ele me olha, com aquela cara de quem quer me dar o mundo. E dá, pedaço por pedaço.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

fuck you , i love you .


 Ele mais destemido e eu sempre acanhada. Não suportava aquele olhar tão determinado, ele me desmontava em inúmeros pequenos pedacinhos que ficavam aos seus pés… Esperando serem consertados. Desviei o olhar. O que sinto era tão tímido quanto eu e até um pouco imaturo.Tive vontade de abandonar longe de casa tantas memórias tristes depois que seus dedos tocaram meus cabelos embaraçados. Nada que me remetesse a outras histórias nem a outros amores, quis manter apenas a pessoa na qual eu havia me tornado a partir deles. Prefiro este eu, disse baixinho, o eu que aprendeu muito. Estive disposta a construir um mundo todo do zero, caso nada no meu mundo pudesse ser salvo. Estive disposta a me reconstruir de diversas formas, caso alguma pudesse dar certo pra nós. Quis dar muito de mim, você sorriu e eu quis te entregar quase tudo.Aproximou-se além do que deveria. Eu quis algo. Você corria em minha direção e fugia de mim ao mesmo tempo. Naquela semana suspeitei que você quisesse nada. A certeza doeu. A certeza perfurou o meu peito e o fez ressoar madrugada adentro. Voltei alguns passos pensando se o havia entendido errado, se havia o entendido ao menos em algum momento. Tentei descobrir quem você era. Quem é. Pensei se me enganei ou se me enganou. Já não sei mais o que você disse, nem o que eu quis escutar. Já não sei o que esqueço e o que quero lembrar.Indecisos entre o algo e o nada, talvez tenhamos sido quase importantes um para o outro. Fomos quase algo que hoje é nada. Ou é algo. Talvez eu nunca entenda. Num momento quase tudo e no seguinte nada. Percebeu que nada nunca é quase, só é nada. Ponto. Tive nas mãos, segurei-o por alguns instantes. Mas nada. A gente tem que se sentir pronto, precisa enfiar os dois pés na lama e precisa continuar imerso quando o outro não está observando. Nem precisa querer, é só não conseguir em momento algum lutar contra. Eu quis algo. Quis protegê-lo e sabia que poderia fazê-lo mesmo quando não conseguia proteger sequer a mim mesma.Fui acometida por uma catalepsia quase moral, ficar imóvel era uma dívida que eu precisava pagar à mim mesma. Precisava parar de escutar teu nome subindo as escadas, tocando no meu celular, trombando comigo na Augusta. Perdoe-me se precisei fazer de conta que nunca fomos parte um do outro. E se eu continuar fazendo: respira fundo e vive. Uma hora a gente se encontra e vai ser tudo igual e tudo completamente diferente. Depois se perde de novo, porque é provável que não sejamos um par. vive. que merda , prometi não falar mais aqui de você e estou falando . rss
Contabilizei se você mais curou do que abriu feridas, tive medo de saber o resultado. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

aonde estávamos mesmo ?

Sinto-me sua e ao mesmo tempo sinto que já te perdi em algum lugar lá atrás, lá no passado, em algum lugar que eu não sei bem, na verdade, eu até sei, mas prefiro fingir que não sei, que nada aconteceu, que foi apenas um erro. Eu simplesmente te perdi, deixei você escapar, melhor dizendo, você se foi de mim deixando um buraco do tamanho que sinceramente ainda não sei muito bem a dimensão. Infelizmente você fez, infelizmente eu vi, infelizmente eu senti, infelizmente eu ainda não perdoei, eu sei disso. É difícil tentar entender aonde eu posso ter errado pra que você de repente se desfizesse de mim, da gente, de tudo, do tal amor da sua vida. Eu ainda procuro respostas e não consigo achar nenhuma razão que possa ter te levado para um lugar tão diferente de mim, para um lugar tão distante da gente. A gente se perdeu, você se perdeu, e você perdeu um pouco de mim. 

Que seja eterno o pouco que restou
do muito que lhe dei.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

saudade, saudade, saudade

É engraçado perceber que embora a palavra principal do meu vocabulário seja receio, em certas situações, o risco fala ainda mais alto. Apesar de intensa, ás vezes (muitas vezes), me retenho por medo. Mas nem sempre as coisas saem como eu imagino.. (ainda bem!) As palavras surgem naturalmente.. As minhas ações ultrapassam as muralhas e buscam ir além... E vão. Eu me transformo absolutamente toda em coração. É aí que um sorriso sincero soa como um caminho pra me fazer completa. Um abraço que queira me acolher é um abrigo do qual eu gostaria de me abrigar o tempo todo... O afeto e o carinho vão me ganhando como se ganha uma criança.. Tão facilmente. E embora haja medo, quando me vejo desassossegada pensando como as coisas são ou poderiam ser, sou teletransportada pra um lugar de paz, e ainda que por pouco tempo, me faz esquecer todas as complicações de um mundo tão imperfeito onde se esqueceram que o essencial mesmo é manter a essência. E é exatamente tenho tentado viver a experiência desse equilíbrio, tenho tentado ter paciência. Mas confesso que não tem sido fácil. Porque ás vezes é tudo tão complicado? Tão escuro... Tão indecifrável, meu Deus! Porque eu sempre tenho a sensação que tô andando em círculos, que é sempre a mesma coisa e parece que nunca vou sair do lugar? São incontáveis pontos de interrogação. Parece que o passado vez enquando inventa de bater na porta do meu coração. Mas ele nunca sabe bem se entra ou não. Fica sempre ali, na retaguarda, pronto pra a qualquer momento voltar pro lugar de onde veio. Mas o mais engraçado não é exatamente isso. E sim, o efeito que isso causa em mim. Mesmo depois de tanto tempo! Sabe quando o coração fica em paz e ao mesmo tempo absolutamente atormentado? É bem isso. Mas isso até que eu tiro de letra (acho, né?). O chato é sentir tudo isso e ainda assim não saber. Sentir e não saber. Sabe como é isso? Eu sinto uma porrada de coisas. Uma mistura imperfeita. Desejo, saudade, medo, ansiedade, insegurança... Um turbilhão de emoções e sentimentos. Sinto mas não sei. Não sei se é bom, se devo sentir. Se é realmente como eu sinto. E ainda por cima, se é recíproco. E talvez seja. Mas talvez  E aí a gente recomeça, sem angústia, sem pressa. Aquele que realmente quiser entrar, não importa quando, como, porque, se demora ou não. Esse sempre há de dar um jeito. E que a gente não tenha pressa. Mas que também não percamos tempo.o pior é que tive de sumir , 
Sumir porque só faço besteira em sua presença, fico muda quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressada, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

sabe amor ,Estava olhando pela janela quando percebi que te mandei embora mas nunca deixei você pra traz ..


"Às vezes me lembro dele, sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer, ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir."

[Caio Fernando Abreu] 



Ver com amor, também é um tipo de prece ..


"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.
Mas raiva e rancor? (Risos) Raiva e rancor só merece quem se foi sem uma explicação convincente e nunca mais sequer procurou, deixando lacunas que nenhum outro adeus até hoje teve audácia de apagar. Pra você - e não menos que alguém como você - guardei e dedico toda minha raiva e rancor. E o meu amor também." 



quarta-feira, 27 de julho de 2011

resistência invalida .

De um modo bem abrangente, pessoas estão quase sempre falado a respeito de seus próprios calos. É como se interpretassem o que veem refletido no espelho e até o ato de se dirigirem a outrem exalta egoísmo. Ainda não sabem que a maldade intencional não exerce influência à quem é dirigida, porque nada mais é do que autobiografia barata. Abre-se mão do escudo, empunha-se uma arma pérfida  e se dá a chance para que o militante então descubra  a sua fragilidade. A contusão pode até vir pelas costas, mas a maneira como somos golpeados não deixa dúvidas… Sempre sabemos de onde provém os disparos. Ter um bom motivo, além de todo o restante a seu favor e, ainda sim, não querer travar batalha, pra mim, é um sinal de nobreza.Fiz contagem regressiva. Inúmeras vezes, aliás. Riscava o calendário contando quantos dias faltavam para O GRANDE DIA. Sorrateiramente ele se aproximava, cada vez mais. Chegou mais tranquilo com a ajuda do ansiolítico da noite anterior. Frio na barriga e uma sucessão de minutos intermináveis. Assim, meio sem ver, passei por ele como quem engole com pressa aquela primeira garfada da comida quente demais. O grande dia acabou se tornando nada mais do que uma menção simbólica, porque de grande não teve. Eu que pensei que fosse saltar capítos à frente, que fosse mudar, que fosse me ver mudar, que assim acompanhasse a expressão dos olhares direcionados à mim mudarem também. Não. Eu que quis recomeçar. Agora me faltam subterfúgios. estaca zero .

quinta-feira, 14 de julho de 2011

rabisco algumas palavras e apago outras, transformando boa parte desse texto.

A pior coisa do mundo é ter certeza de tudo. As pessoas cheias de certezas me irritam profundamente. A verdade básica dos seres humanos é que somos seres pensantes por isso estamos em classes superiores, sim, disso todos sabemos e concordamos, mas o fato é que continuamos sendo chamados de animais. convenhamos que o pior nem é ser chamado, é agir como um. Sabe que o maior conselho que eu poderia dar a alguém seria: siga sua mente, jamais seu coração . Nada contra o sentimentalismo, ou o tal amor, só acho que o nosso poder e nossa única estrada confiável a ser seguida e ouvida são os nossos pensamentos , mentira nós enganamos a nós mesmo , e sabemos . hahaha
 Às vezes me pego pensando no futuro e tenho medo do que possa vir a acontecer se o mundo continuar assim: tão-sem-graça. E se eu continuar assim: esperando-a-boa-vontade-das-coisas-se-fazerem-sozinhas. Nada é tão difícil do que ter certeza de tudo o que te espera. Somente no meio do caminho as estradas te farão sentir falta de como você era, e irão te fazer sentir medo do que você se tornou. Mas é claro são casos raros. Errar é só um efeito colateral da vida, faz parte, e aprender com os erros faz parte da sabedoria de algumas pessoas.
quem sabe algum dia eu aprenda a usar as palavras-estradas perfeitas, que não precisam de curvas ou pontos finais .
Ahhh essas buscas de não sei o quê, não sei onde, não sei quando. É muito perigoso acreditar que só uma pessoa no mundo - que não seja você mesma - possa te fazer feliz. Eu só espero que essa pessoa eterna dure um pouco mais e seja um pouco mais do que os outros costumam ser. Espero que dessa vez cole, grude, enrole. E me faça sentir demasiadamente até doer e de maneira alguma me faça querer dessentir.
Eu sinto muito pouco. Meus sentidos de tão patéticos e inúteis nem fazem falta, pelo menos não hoje-agora-e-sempre.  Eu sei que dá pra entender o que falo, escrevo e suspiro (meus suspiros costumam falar mais do que as minhas palavras). E depois desse pequeno fato espero que continuem me olhando com os mesmos olhos, sem terceiras-quartas-e-quintas intenções. Ok? Sem sextas sábados e domingos também. Só não me falta criatividade pra neologismos. E olha que estou tentando fazer as coisas direito, pelo menos uma vez na vida. que se EXPLODAAAAA é isso mesmo, eu tenho andado louca , apaixonada pela vida, por uma vida além da minha e GRRRRRR etc .amar seria o essencial, enfeitar não.
não nós , não precisamos disso , nem eu e nem você .

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar [Deus] nos contar o que sabe. E ele conta. Com a calma e a clareza que tem."

(Ana Jácomo)

Brisa , de Deus .

"Mas o Senhor estava na brisa. Ele não estava no vento (não no vento forte), não estava no terremoto, não estava no fogo. Estava na brisa, no vento suave (I Reis 19:11,12), no silêncio que eu acho que faz a pipa voar. O Senhor estava no Vento. Com letra maiúscula, o Vento que é suave, de palavras soltas, de calmaria. O Vento de sussurro, porque muito do que já foi escrito aqui foi só um sussurro. Não passou de um sussurro, daqueles que te fazem arrepiar, e sentir um ventinho gelado, uma brisa. A voz suave e não gritada do Pai, que talvez depois de ter gritado em uma bronca, abaixou até você e olhou nos seus olhos, dizendo que não importa o que você faça, Ele ainda é seu Pai.
E eu não estou falando só de você, que leu, mas estou falando de mim, quem escreveu. Porque muito do que eu escrevi aqui foi só soprado pelo Senhor. No meu coração. Muito do que eu escrevi aqui, veio do nada, bem inesperado, porque brisa não é algo por que você espere.
Elias viu o vento forte. Viu o terremoto. Viu o fogo. Mas Deus estava no sussurro, na brisa. Deus sopra forte às vezes aqui. Ele faz as coisas tremerem e pegarem fogo. E às vezes eu venho aqui pra o Vento escrever e eu estou cansada. Estou magoada e estou querendo jogar tudo pra o alto. Elias ficou assim quando teve medo. E às vezes você vem ler com medo. Assim como eu venho escrever com medo. E Deus é tão incrível, tão maravilhoso e tão grande, tão louco, que eu escrevo e o medo passa. O cansaço diminui e a mágoa também. Eu já não tenho mais tanta vontade de jogar tudo pra o alto… Às vezes, pra mim, escrever é sair da caverna.
E eu espero que esse Vento te ajude quando você estiver numa caverna de onde precise sair, assim como eu saio todos os dias e me liberto de "mim mesma" .
 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

sinto falta no lugar do amor , veja só .

"Se o tempo no teu rosto te cobrisse de rugas, se tivesse a dura e adocicada comunhão com as coisas, talvez sim tu serias mais bela porque o rosto adquire a refulgência e dor e maravilha e matéria de tudo o que te rodeia te penetra, e ao invés de gastares teu ouro no apagar das linhas finas e dos sulcos, tu te tocarias amante, mansa, sabendo que o vestígio de todas as solidões se fez presença no teu rosto, que o sofrido da água é cicatriz agora ao redor da tua boca, que tomaste para tua fronte a linha funda da pedra." 
Hilda Hilst
(Tadeu)
do Livro,Tu não te moves de Ti.



Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.
Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida. Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes – te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.
Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar. A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, finalmente, não poderão servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei morrendo. Sinto tanta falta aqui , falta tua , do seu ego , eu e eu .

Fissura, estou ficando tonta. Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada. Feito eu não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy. Se eu quiser, posso ter. Afinal, trata-se apenas de um cheque a menos no talão, mais barato que um par de sapatos. Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, quase toda noite. Não por você, por outros ecmo você. Pra ele, guardo meu a marina . Ria de mim, mas estou aqui parada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.
Só por ele, por esse que ainda não veio, te deixo essa grana agora, precisa troco não, pego a minha bolsa e dou a fora já. Está quase amanhecendo. As damas da noite recolhem seu perfume com a luz do dia. Na sombra, sozinhas. envenenam a si próprias com loucas fantasias. Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula po..louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, moderna kk as vezes, puro simulacro. Dá minha jaqueta, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.[que Deus me ajude a me lembrar de mim e deixar você de pensamento dentro de mim assim como crianças ficam nas escolinhas , ei , você está de pensamente ! já . rss ] são 23:02 e cá estou te lembrando e me esquecendo . lamento por ter pensado não em você, mas, menos em mim . sem mais ! EU TE AAAAAAAAMO , bb . =* isso foi pensado entre eueeu e mais ninguém , só .









domingo, 26 de junho de 2011

'No vácuo de mim
eu me despenco.'


[Caio F.]

Bonito.

Poderia ser qualquer dia, mas é Domingo. Poderia, eu sei que poderia ser qualquer momento, mas eu escolhi Agora. Poderia ser sol, mas hoje choveu o dia inteiro (lá fora e dentro de mim). Talvez se fosse algo amargo, como aqueles chocolates que não gosto, seria mais fácil, mas não... É sobre as tuas doçuras que quero me derramar, me deleitar, me entregar nesse final de tarde nublado e cinzento que vejo da minha janela, mas não em mim.
Aqui dentro exala coisa boa, como o cheiro daquele cheiro teu que senti a primeira vez. Daquela mão que abraçava minha nuca como quem soubesse desde sempre do que gosto. Eu poderia não lembrar, ou fingir ao menos que esqueci o que aconteceu, mas não. Aqui, nessa casa, ficaram coisas tuas, palavras tuas, delicadezas tão tuas, sorrisos, abraços, sintonia nossa, partida e uma saudade.
Reticências se acumularam em nossos escritos - e em nós - depois daquele dia. Não conseguíamos mais encontrar o fio condutor que tecia nossos sentires. Nós perdemos o início daquela história, já que o meio era o que fomos, e o depois se traduzia dia-dia em 'Coincidências', em 'Parábolas', 'Circo', 'Soma', 'Lucidez', 'Pecados' e... 'Sobre qualquer coisa'. É pra ti que escrevo. 
É, poderia ser qualquer coisa, mas foi mais. Foi troca, alimento pra alma, silêncio, lugar bom pra morar. E agora, o que virá depois disso tudo? Imagino que você se pergunte. E saiba: Eu me pergunto quando recebo tuas mensagens, quando leio teus escritos, quando me perco nas tuas filosofias, na tua ousadia, na tua acessibilidade comigo e sensibilidade também. Muito. Sem falar dos carinhos, das palavras, das entrelinhas e daquelas reticências que falei logo no início.
A continuação dessa história ficará por conta do tempo, do que ficou de mim em ti e do que você deixou em mim. Além da sorte que é você, e do vestir azul nesses últimos dias, que a nossa 'Oração' continue sendo: - Que todas aquelas coisas boas nos aconteçam, até a gente perceber que não há mais como separar uma ilha, de duas aspas e vice-versa. Enquanto isso continuarei aqui, esvaziando o coração pra você entrar. Amém ao que nos espera. Amém por eu saber que tenho você, mesmo que do outro lado.
Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza, deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és. [Caio Fernando Abreu]



'As nossas exatidões 
não funcionam 
numa conta de mais'.


domingo em , o dia mais frio do ano .

às vezes pasmo, repetitivo e bucólico, mas é real.


Você bem poderia estar sozinho, não é mesmo? Ou, sei lá, estar com outra pessoa desfilando por aí. Uma menina dourada, quem sabe. Os ombros mais erguidos, o sorriso mais arqueado, os olhos reluzindo, falando alto aquelas bobagens bem sacadas que ninguém mais faz, senão você. Mas tá aqui, comigo.
Sei viver sem você, oficialmente falando. Mas eu não quero, não vou. Eu poderia te dizer aquelas doces mentiras sinceras - "Você-é-minha-vida", "Não-sei-o-que-seria-da-minha-vida-sem-você" ou todo esse tipo de porcaria que a gente diz no calor da hora. As pessoas são assim, dizem que não sabem viver sem você. Depois aprendem e esquecem de comemorar contigo. E deixam vazio o lugar que sempre será delas. Eu não, simplesmente estou aqui. De vez em quando sujo, entediado, agressivo, mal-humorado, triste, calado e chato. Mas aqui.
Não há lugar ou motivo no mundo capaz de me afastar. Já fui a todas as festas que tive oportunidade, fui a todos os shows, praças, bares (...) Nada mais funciona. Nada na vida é mais excitante que ter alguém que te abrace por trás, entrelace os dedos e diga seu nome de batismo, estendendo um chá de erva-cidreira.
Porque eu te encontrei, da forma mais esdrúxula e inesperada. E me apaixonei pelo cheiro e pelo balanço meigo e suave dos seus quadris. E como duas sacolas plásticas que se enroscam na cidade, no meio do caos, movidos por um breve redemoinho pré-chuva, a gente resolveu que ia se amar. E ninguém sabe melhor sobre nós, que nós. 
No show a sol e céu aberto do nosso cantor favorito ou assistindo um filme mal dublado na tevê, nós curtimos estar juntos o tempo todo. Resposta oficial: eu poderia estar por aí, com outro alguém, injetando as sensações vertiginosas de ser livre e procurado, mas dei uma abertura ao verdadeiro amor. 
E nada é mais importante que isso, que é sim, às vezes pasmo, repetitivo e bucólico, mas é real. É isso, é preciso abrir mão de uma porrada de coisas se você não quiser ficar sozinho à noite, vagando pelo seu apartamento minúsculo com o maior corredor do mundo.